terça-feira, 19 de março de 2013

Um país à Sporting.


Soares Novais







Finalmente,  o monocórdico Gaspar foi obrigado a confessar: o futuro é negro. Sobretudo, para os mais jovens.
“O ajustamento terá de continuar durante décadas, exige o esforço de uma geração”. Disse Gaspar, que é assim como o ventríloquo do treinador Passos.
Gaspar que, perante o falhanço brutal das suas contas, previsões e decisões, insiste em continuar num lugar para o qual não foi talhado. Nem tem talento.
Uma teimosia em tudo igual à do treinador Passos.
Um treinador que, como já todos amargamente percebemos, só se safou a treinar as camadas jovens dos laranjinhas, pois são gente que tudo resolve à volta de um copo de gin nas “docas” de Lisboa.
Portugal é hoje o Sporting da Europa.
E Passos o Godinho do país.
Ambos acentuam o verbo, mas falta-lhes capacidade e sagacidade.
Ambos prometeram mundos e fundos, mas país e Sporting estão no mais fundo dos fundos dos seus campeonatos.
Godinho ainda mudou de treinadores, mas o primeiro tem uma mãozinha presidencial que o protege.
Por isso, é bom que lhe acenemos com lenços brancos e lhe apontemos a porta de saída. Mesmo que o seu protector não queira.
Temos de mudar de treinador e correr com os seus adjuntos. Com o Gaspar e com o Álvaro; com o Macedo e com o Branco; também com o Portas, que apenas é bom de boca e a comprar submarinos.
Temos de correr com eles, pois. E antes que seja tarde.
Caso contrário, desceremos aos lugares mais baixos da divisão europeia.  
E se isso acontecer seremos, então, como afirma o bispo Januário Torgal Ferreira, um “país juncado de cadáveres”.

 

 Crónica publicada no semanário



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