Poucos lhes deram cavaco

Ponto prévio: estou-me nas tintas para o Carnaval, pois estou-me nas tintas para tudo aquilo que data o divertimento ou a celebração. Um tipo deve divertir-se e celebrar quando lhe apetecer e para isso tiver motivos.
Mas este Carnaval estou muito divertido. Pois ao que se sabe, se vê e se ouve, a esmagadora maioria dos indígenas mandou às malvas a ordem para trabalhar, que o coelho tirou da cartola com aquele ar de pavão de província que se lhe conhece.
Públicos e privados não lhe deram cavaco.
Mesmo que este seja um cavaco reconstruído.
Um cavaco em tempo de vacas magras e sem futuro.

Soares Novais

Impedir a venda a retalho

Infelizmente os números dão-nos razão.
Há cada vez mais portugueses desempregados.
Segundo os números oficiais agora divulgados já ultrapassamos os 771 mil  e bem pode acontecer que até ao final de 2012 se atinja UM MILHÃO.
Dizem-no sindicatos e patrões.
Como, por exemplo, José Ramos, presidente da Toyota Portugal.
O também patrão dos patrões do sector automóvel,  admitiu como muito provável que as empresas sejam obrigadas a despedir 20 mil trabalhadores caso os standes continuem cheios de "utilitários", que já ninguém pode comprar.
A Economia não funciona.
A recessão é quem mais ordena.
O país está parado e na nossa frente só se vê o abismo para o qual este bando de medíocres o quer mandar.
Estes Álvaro, Gaspar, Relvas e Passos nada sabem do país e da vida.
São, apenas, analfabetos funcionais e serviçais obedientes.
Uma praga que urge combater.
Sem tréguas.
Pois caso contrário corremos o risco de ver o país ser vendido a retalho e numa qualquer "outlet" chinesa.




Nota: Durante uma recente visita de Passos à Toyota, o sr. José Ramos disse que o maior problema das empresas eram os sindicatos. Enganou-se, como se vê.  O maior problema das empresas são aqueles que estão a conduzir o país para uma recessão que paralisa a Economia e impede o consumo.

Soares Novais

Ó Duarte leve o Relvas consigo

Logo às sete horas, o Canal 1 da RTP deu-me uma boa notícia:
"Duarte Pio é a partir desta terça-feira cidadão de Timor. O Parlamento de Dili decidiu atribuir nacionalidade timorense ao herdeiro da coroa portuguesa."
Dito isto, lá surgiram as imagens com o dito e o presidente de Timor-Leste.
Depois, com aquele ar grave e esclarecido que se lhe conhece, Duarte anunciou:
"Tenho até tem planos para ir viver em Timor Leste com a família".
"Força, homem.  Não hesite um segundo" -  disse alto e bom som, mesmo correndo o risco de acordar toda a vizinhança.
Agora, que a noite caiu, tal qual o PIB português, tomei uma decisão:
Vou meter um cunha ao novo cidadão de Timor-Leste.
"Leve o Relvas consigo. Os portugueses agradecem e  os timorenses  ficarão  a conhecer o verdadeiro lapão lusitano."

Soares Novais

Passos não tolera Cristo piegas

O Aldeia da Coelha sabe que o actual inquilino de São Bento - o mesmo palácio que albergou o Salazar, a dona Maria e as galinhas deles -  prepara-se para reduzir o período da Páscoa.
Segundo a nossa fonte,  Jesus Cristo será condenado a morrer crucificado e a ressuscitar no mesmo dia. Pois, Passos quer acabar com o Cristo piegas.
Com efeito, depois de ter acabado com o Corpo de Deus, 15 de Agosto, 5 de Outubro, 1 de Dezembro e de não ter dado tolerância de ponto aos funcionários públicos no Carnaval, Passos prepara uma pequena alteração ao ano litúrgico, nomeadamente, a Semana Santa.
Tal, ainda segundo a nossa fonte, destina-se a obter uma versão da Páscoa mais adaptada a um país que quer ser mais competitivo e a condizer com um povo condenado ao Calvário.

"A Última Ceia a uma quinta-feira é um luxo de barriga de abade. Acabou-se a Sexta-Feira Santa e a Última Ceia passa a lanche ajantarado no sábado até às 23 horas, no máximo".

O Domingo de Páscoa passa a ser o dia do julgamento, paixão, crucificação, morte, sepultura e ressurreição. "Jesus Cristo tem de deixar de ser piegas! " - comentou Passos Coelho, após uma visita-relâmpago ao Cristo-Rei, em Almada, onde foi apreciar da margem Sul a manifestação que encheu o Terreiro do Paço.

 

Não digam asneiras, porra!

Cada um escolhe os amigos que quer, já se sabe.
Por exemplo: o Proença escolheu o Pereira.
Proença e Pereira até assinaram acordo.
O Pereira cumpriu o seu papel de menino bem mandado e o Proença traiu.
Depois, com o ar imbecil que se lhes conhece, apertaram as mãos e sorriram para as objectivas.
E como imbecis que são não se calam.
Continuam a falar e a dizer coisas notáveis como estas:
- O Pereira ao indicar a exportações de pasteis de nata como solução para os problemas da nossa débil economia;
- O Proença ao dizer que foi pressionado por altos responsáveis da CGTP para assinar o pacto de sangue que os patrões do Pereira lhe apresentaram.
Não se calam.
Mesmo que seja para asneirar.
Dois exemplos:
- O Pereira foi ao Parlamento acusar o deputado Agostinho Lopes de gozar com a sua condição de antigo emigrante;
- O Proença, a poucas horas da grande manifestação de sábado, bem dizer que "a CGTP está controlada pela ala ultra-ortodoxa do PCP".
O Proença e o Pereira asneiram e mentem.
Com todos os dentes que têm nas suas boquinhas faladoras.
- Nem Agostinho Lopes gozou com a condição de ex-emigrante do Pereira;
- Nem  a descoberta ala ultra-ortodoxa do PC controla a direcção daquela que é a maior central sindical do país, pois ali há trabalhadores, católicos, comunistas, socialistas, e com consciência de classe.
Não digam asneiras, porra!

Soares Novais

Chegou a vez do António

António Borges é o mais recente desempregado a quem o governo acaba de dar emprego.
Um emprego de truz.
Obviamente.
Borges, que em Novembro se demitiu do cargo de director do departamento europeu do Fundo Monetário Internacional, vai dirigir uma equipa que terá como missão acompanhar as privatizações - TAP, ANA - Aeroportos de Portugal,  CP Carga,   CTT,  Águas de Portugal e  RTP, estão na calha - as Parcerias Públicas Privadas e a reestruturação do Sector Empresarial do Estado.
Uma escolha certeira,  já se vê.
Há muito que este santo António prega as vantagens de vender aquilo que é de todos.
Mesmo que ao desbarato.
Os amigos merecem.
Os dele, claro.

Soares Novais

Patrão Relvas

Enchi-me de coragem e ouvi a entrevista do ministro Relvas à Antena1.
E confirmei aquilo que já sabia: o homem não tem uma única ideia para o país.
Repetiu a lengalenga do costume e voltou a dizer que temos de pagar as dívidas contraídas pela bando do centrão, mesmo que todos morramos de fome.
Mas o sacrifício feito, valeu por uma coisa:
O Relvas falou sempre na primeira pessoa - "eu quero", "eu entendo", "eu decidi"  - pelo que ficou claro que ele, o Relvas, é o verdadeiro patrão do país.
Um patrãozinho "à portuguesa".
Isto é: um feitor sem classe e ao serviço da classe que explora.


Soares Novais

Nós pagamos a falência do Berardo

Segundo o I de hoje, Joe Berardo está falido.
E como está falido, adianta aquele jornal, os bancos a quem ele deve MIL MILHÕES de euros já decidiram reflectir tal prejuízo nas contas que apresentarão em breve, pois concluíram que lhes será impossível reaver a massa.
Ou seja: o assunto está resolvido.
Quer para o Joe, quer para a CGD, BES e BCP.
Caixa, BES e Millennium que lhe deram MIL MILHÕES para que ele comprasse acções do BCP.
Acões que, agora, valem meia pataca.
Cuidem-se portugueses: CGD, BES e BCP vão aumentar as comissões, o custo dos cheques e todas as outras maldades que são impressas nas contas-corrente que nos enviam ao final de cada mês.
Aposto singelo contra dobrado.
Eles são peritos a privatizar os lucros e a nacionalizar os prejuízos.

Soares Novais