sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Mais de 1,5 milhões de indivíduos viu a entrevista a Cristiano Ronaldo. Tão grande audiência esclarece-nos sobre o grau de exigência dos portugueses. Definitivamente. Dolorosamente.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

MÁRIO CAL BRANDÃO ENCURRALOU PIRES VELOSO - Para que a memória sobre o 25 de Novembro não se perca, aqui fica um texto de Mário Tomé, militar de Abril, sobre o papel do chamado vice-rei do Norte no golpe que juntou à mesma mesa spinolistas, bombistas e outros canalhas travestidos de democratas. "A democracia novembrista, como foi gerada num golpe contra a democracia que rasgava os horizontes para um futuro decente graças ao 25 de Abril, fez de praticamente todos os implicados, mesmo que bombistas, assassinos e canalhas, gente respeitável, grandes patriotas pelo papel fundamental que tiveram no combate à revolução e à sua expressão genuína, o PREC. Este é o caso do finado António Pires Veloso, cognominado vice-rei do norte pelo papel violento que desempenhou contra o movimento popular e a democracia nos quartéis, os dois pilares da revolução de Abril. Tinha 88 anos e foi, durante o PREC, como comandante da Região Militar do Norte , testa de ferro dos militares ao serviço da coligação PS+PSD+CDS+spinolistas+bombistas que planearam e executaram o golpe do 25 de Novembro de 1975. O obituário de António Pires Veloso no DN e, entre outras que decerto houve, a referência que Marcello Rebelo de Sousa lhe fez na sua missa dominical na TVI, “um homem essencial na fase crucial final da revolução”, levam-me a fazer também a minha nota necrológica. No seguimento do golpe do 25 de Novembro de 1975, os militares comprometidos com o movimento popular e com a democratização das Forças Armadas, foram presos e colocados em Caxias e Custóias. Os presos em Custóias, sob custódia militar de Pires Veloso, foram colocados em isolamento absoluto, em celas de 3X2 m mais o balde da merda por companhia. Um dia foram surpreendidos pela algazarra de um grupo de presos de delito comum que investiram pelas 3 alas ocupadas pelos presos militares e, de posse dos respectivos molhes de chaves, lhes abriram as portas das celas gritando, “fujam que já abrimos tudo”. Valeu o sangue frio dos presos militares travados, aliás, no natural impulso de ganhar a liberdade – convém lembrar que o isolamento incluía a inexistência de qualquer informação sobre as causas da prisão, sobre o enquadramento da sua situação e sobre o destino que os esperava e que tudo era possível - pela intervenção dos majores Cruz Oliveira, Queiroz Azevedo e Campos Andrada que gritaram “o pessoal não sai daqui”. Porque aquela cena só podia tratar-se de uma provocação para serem abatidos quando tentavam fugir. Os três majores dirigiram-se através de corredores desertos e portas escancaradas até ao posto da chefia dos guardas prisionais onde lhes foi dito nada saberem! Para lá do portão, lá fora, um pelotão da GNR aguardava… A doce moleza pantanosa que nos tem transportado até à insolvência financeira, económica, política e ética, fazendo do povo e dos trabalhadores não só bode expiatório mas, mais ainda, vítimas escolhidas do esbulho brutal com que governos e finança, em bacanais de corrupção instituída, têm comemorado o 25 de novembro, ano após ano, dificulta-nos a percepção daquilo que gente engravatada e com currículo e pedigree está pronta para fazer, ou mandar fazer. Este o caso de Pires Veloso que se comportou como um canalha durante o PREC e, em especial, em relação aos militares presos em Custóias sob sua jurisdição político/jurídico/militar. Ainda sob o seu comando na Região Militar Norte foi preparada a Operação Montanha que se destinava a, oficialmente, transferir durante a noite alguns dos presos militares para a Guarda mas que tinha de novo a intenção provocatória da emboscada para os abater; foi a acção determinada do Dr. Ramon de La Féria e do então governador civil do Porto, Cal Brandão, junto de Pires Veloso que impediu mais uma tentativa canalha e cobarde de assassinato de prisioneiros. Para ilustrar esta afirmação, sirvo-me de excertos de uma carta que o Major Médico Cruz Oliveira me facultou e autorizou a divulgar. "Meu caro Ramon de La Féria Em tempos escrevi-te uma carta curta, mas bastante sentida, em que te agradecia o quanto te devia pessoalmente, e também quanto te deviam muitos dos que devotadamente se envolveram em defender os ideais de Abril. E sinto agora novamente necessidade de te escrever, para que, quem desconhece o por ti feito, possa avaliar a tua coragem, nobreza anónima e determinação que obstou a que tivéssemos sido exterminados como esteve para acontecer depois do 25 de Novembro. Mas passo a contar: Em meados de 1978, estava eu sentado na mesa de uma esplanada com o meu advogado e nosso comum amigo, Teófilo Carvalho dos Santos, que era na altura o meu advogado para me defender das perseguições de que estava a ser alvo por parte da Força Aérea, quando passou um homem que ele cumprimentou dizendo – Adeus, Ó Mário! – e perguntou-me – Você não conhece o Cal Brandão? E com a singeleza e simplicidade que o caracterizava contou-me: Você lembra-se de que quando esteve preso em Custóias, correu o boato de que havia um grupo de doze presos que deviam ser liquidados? Se me lembrava! Apesar de estarmos incomunicáveis e com dificuldade em sabermos o que se passava cá fora, chegou ao meu conhecimento pelos truques em que os presos e as famílias são férteis, de que no Estado Maior da Região Militar do Norte, se estava a estudar a execução de um golpe, que visava a liquidação de doze detidos considerados como cabecilhas e perigosos. A operação a executar era simples, seríamos metidos em carros celulares e com uma escolta militar escolhida a dedo, seríamos transferidos para a Guarda. Em determinado sítio os carros detinham-se, deixavam-nos sair para urinar e seriamos eliminados a tiro sob pretexto de que tínhamos intentado fugir. Seria também inculpado nisso um grupo de ciganos, que erravam então na região. Os militares a liquidar eram os doze que posteriormente foram transferidos para o Presídio Militar de Santarém, o Campos de Andrada, o Tomé, o Queiroz Azevedo, o José Andrade, o Francisco Paulino, o José Afonso Dias*, o Álvaro Neves**, o Godinho, um “civil de apelido Luz”***, mais dois militares e eu. A operação não se realizou imediatamente porque havia dificuldade em reunir um grupo de soldados que se dispusessem a colaborar num assassinato desta ordem; isto foi o que nos contaram alguns militares já contactados para o efeito e que desvendaram o segredo às nossas famílias. A operação dependia directamente do Chefe de Estado Maior da Região Militar do Norte. Foi num destes dias negros, que com a frontalidade com que sempre assumes as tuas atitudes, me escreveste. Uma carta sentida de encorajamento fraternal, de compreensão pelas atitudes tomadas, de esperança na persecução nos ideais de Abril. E respondi-te logo, numa pequena missiva, em que contava todas estas peripécias, ciente de que era bem possível vir a ser liquidado dentro de dias e bom seria que a história pudesse vir a contar, posteriormente, com o esclarecimento do ocorrido…Recorrendo a uma artimanha que na altura me ocorreu, mandei-te a carta dentro de um par de botas que “simuladamente” não me serviam, nem nunca chegaram a servir, que eu devolvi, através dos guardas, à minha família. Que guarda ia pensar que dentro das bolas de jornais amarrotados que enchiam as botas, ia uma carta para ti? E assim recebeste a minha carta. A operação de transferência-liquidação, não soubemos porquê na altura, gorou-se e fomos transferidos sim, mas de helicóptero, para Santarém. Começa aqui novamente a narração do Teófilo: - “Você lembra-se de ter escrito uma carta ao Ramon de La Féria a contar que o Pires Veloso se preparava para mandar matar alguns militares presos, entre os quais estava você? Vocês tiveram sorte, porque segundo me contou o Cal Brandão, o Ramon, nesse dia mesmo, meteu-se num avião, foi ao Porto, mostrou a sua carta ao Mário que era o Governador Civil e os dois foram falar com o Pires Veloso em termos tão firmes que ele deu o dito por não dito, que isso não era assim, que podiam estar descansados e até chamou o seu Chefe de Estado Maior, o Major Gabriel Teixeira, que era quem tudo estava tramando, que também negou a operação, que, segundo soubemos, até já tinha o nome de “Operação Montanha”. Escapámos por pouco. E nunca se soube como nem porquê. Encontrei-te várias vezes e nada me contaste. É bem do teu carácter e da tua modéstia esse proceder. E incógnita ficaria esta façanha, um acto tão belo e de tanta determinação morreria solteiro. Escrevo-te hoje esta carta, de que farás o uso que quiseres, certo de que, em mais um aniversário do nosso 25 de Abril, quero que as gerações vindouras te conheçam, saibam o teu nome e te considerem um Homem de Abril. Eles agradecer-te-ão, eu não o faço. O teu acto é tal que deve se exaltado e não banalizado. Fraternalmente teu amigo, abraça-te com dedicação e amizade o Carlos Cruz Oliveira Ericeira, 25 de Abril de 2001" O facto de os doze militares terem sido, abortada a operação Montanha, transferidos para Santarém, demonstra cabalmente que um destino diferente lhes foi de antemão reservado. Aliás não tem sentido separar “os cabecilhas” quando os presos estavam, como já referi, totalmente isolados. *Já falecido. **Álvaro Neves, já falecido, e Godinho Rebocho, sargentos paraquedistas que encabeçaram a movimentação dos paraquedistas contestando a sua extinção como Corpo ***Militante do PRP."

sábado, 23 de agosto de 2014

Diz o dr. Beleza no I: "Para mim foi uma surpresa porque eu conheço o Ricardo Salgado, aliás fui eu que convidei, quando era ministro das Finanças, para regressarem a Portugal, por indicação do Proença de Carvalho e do meu chefe de gabinete, António Vaz, o Manuel Ricardo Espírito Santo e o António Champalimaud. Aliás o Manuel Ricardo morreu pouco depois. Na altura, o meu secretário de Estado que tratava das privatizações era o Elias da Costa. Quando era ministro das Finanças tinha quatro secretários de Estado, a Manuela Ferreira Leite, no Orçamento, o Carlos Tavares, que era o do Tesouro, e o José Oliveira Costa, escolhido por Cavaco Silva, que era então primeiro-ministro." O dr. Miguel Beleza, que como se vê é um tipo muito bem relacionado, confiava no dr. Salgado; tal qual o dr. Cavaco confiava no dr. Oliveira e Costa, sendo que todos obedecem cegamente àquele que é o verdadeiro dono disto tudo - o ex-inspector da PJ Daniel Proença de Carvalho.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

O PS tem um problema congénito: é de Direita mas diz-se de Esquerda.Prova-o a sua história; e prova-o, agora, o rol de militantes mortos que, milagrosamente, viram as suas cotas pagas. Um milagre que só tinha sido protagonizado pela angélica rapaziada das centrais de emprego lideradas por Passos e Portas.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

O dr. Salgado, que continua a ter escritório no Hotel Palácio do Estoril, disse agora que deve à "crise" já não ser o DDT. Ou seja: o dono disto tudo. Também é devido à crise, ditada pelo desemprego e pelos roubos nos salários, reformas e pensões, que muitos milhares de portugueses estão impedidos de honrar os seus compromissos e vêem as suas vidas arruinadas. Todavia, entre eles e o dr. Salgado há uma pequena-grande diferença: não podem arrendar escritório num dos mais caros hóteis do país.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Luís tem 31 anos. Saiu dos bancos da escola há dois anos e fez dois " estágios laborais " (Universidade de Verão do PSD em Castelo de Vide). Foi agora convidado para integrar os quadros do Banco de Portugal, onde só se entra sem concurso com “comprovada e reconhecida experiência profissional”. É o caso do Luís. Por acaso, é filho de Durão Barroso.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Portuguesa, escritora, professora universitária, crítica literária, tradutora, 51 anos de idade, Doris Graça Dias morreu. A sua morte foi-nos comunicada em letra pequena de rodapés televisivos. Paris Hilton, 37 anos, norte-americana,cuja notabilidade se deve ao facto de "papar meninos", consumir drogas e dizer tontarias, teve direito a longos minutos televisivos. Bastou-lhe ter vindo ganhar uma "pipa de massa" - desculpa lá Barroso... - à custa dos parolos. Parolos que, aliás, se fizeram representar ao mais alto nível com as ilustres ronaldinhas à cabeça.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

“ÁGUAS DE GONDOMAR “ - UM “ESTADO” FORA-DA-LEI A “ÁGUAS DE GONDOMAR, SA”, entidade a quem o Município concessionou o fornecimento de um bem que é de todos, tem uma atitude de desconfiança em relação aos seus próprios clientes. Ou seja: em relação àqueles que garantem a sustentabilidade da empresa e o pagamento dos salários dos seus trabalhadores. No limite, a “Águas de Gondomar” actua como sendo um “estado” fora-da-lei, que recusa cumprir as leis da República Portuguesa e obriga os consumidores a assumirem os custos de contratos titulados por outros. Veja-se: no dia 16 de Julho pp quando fiz a “denúncia do contrato e retirada do contador” da minha anterior residência e desejava proceder à realização de um “contrato de fornecimento da água e recolha de águas residuais”, correspondente ao imóvel por mim ocupado desde de Junho, fui alertado pela funcionária de que teria de proceder ao pagamento, imediato, da totalidade do contrato titulado pelo proprietário do imóvel que eu tinha arrendado. Recusei tal exigência por duas razões: 1 – Não podia aceitar pagar um contrato titulado por outrem; 2 – O contrato em causa era pago por “Débito Directo”, que estava activado, logo os interesses da empresa em causa estavam plenamente salvaguardados. Do incidente, dei imediato conhecimento ao proprietário do imóvel que se deslocou à “Águas de Gondomar” e ali ouviu a repetição da histórinha. Mais: fruto de uma fuga de água - que motivou o pedido de intervenção do “Piquete”, no dia 11 de Julho e que só aconteceu ao final da tarde, após nova insistência da minha parte, conforme consta das chamadas, que autorizei a gravar – o valor em causa era de € 164,30. Embora, ciente de que estava a pactuar com uma ilegalidade, acabei por proceder ao pagamento ao valor de um contrato titulado por outrem por duas razões: 1 – Preservar uma relação de boa vizinhança com o vizinho e proprietário do imóvel por mim ocupado; 2 – Assumir um contrato em meu nome com aquela que é a única entidade fornecedora de Água e Recolha de Águas Residuais de um Concelho onde habito há 20 anos. Foi o que fiz hoje, após o período de férias, sendo que lavrei o meu protesto no “livro de Reclamações” e dele darei conhecimento junto da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos. Também, junto de outras entidades, nomeadamente, junto do Gabinete de Cidadania da Câmara Municipal de Gondomar, da Vereadora responsável pelo pelouro e da DECO. A “ÁGUAS DE GONDOMAR” não pode abusar do poder que lhe advém do facto de terem feito dela a única entidade concessionária de um bem que é de todos. A tempo: Esta denúncia tem um objectivo fundamental: evitar que outros cidadãos do Município sejam vítimas desta ilegalidade.

sábado, 9 de agosto de 2014

Revela a SIC: nos registos da Autoridade Tributária e Aduaneira não consta nenhum bem imobiliário em nome do DDT. Nem em nome da sua excelentíssima esposa. Ainda vamos ver este ilustre patriota a receber o vale do Rendimento Minímo na Estação dos Correios do Estoril.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Enquanto a chamada classe me(r)dia abana as orelhas, a aprovar as investidas contra aqueles que recebem o Rendimento Mínimo, os "espírito santo" enchem o papinho...

terça-feira, 5 de agosto de 2014

A hidra

BAPTISTA-BASTOS*

Um espectro percorre Portugal: é o espectro da pobreza, da miséria moral, da fraude, da mentira, do embuste, da indecência, da ladroagem, da velhacaria. Este indecoro do BES foi o destapar do fétido tacho da pouca-vergonha. Os valores mais rudimentares das relações humanas pulverizaram-se. Já antes haviam sido atingidos por decepções constantes daqueles que ainda acreditavam na integridade de quem dirige, decide, organiza. Agora, o surto alcançou a fase mais sórdida. Creio que, depois de se conhecer toda a extensão desta burla, algo terá de acontecer. Com outra gente, com outros padrões, não com estes que se substituem, num jogo de paciências cujo resultado é sempre o mesmo. Mas esta afirmação pertence aos domínios da fé, não aos territórios das certezas.
O Dr. Carlos Costa revelou ter avisado a família Espírito Santo de que ia ser removida. Na TVI, Marques Mendes, vinte e quatro horas antes, anunciara o cambalacho. Já destituído, Ricardo Salgado e os seus estabeleceram três negócios ruinosos para o banco, abrindo o buraco da vigarice para quase cinco mil milhões de euros. Quem são os outros cúmplices, e quais as razões explicativas de não estarem na cadeia?
Enquanto o País mergulha num atoleiro, o Dr. Passos nada o crawl, com esfuziante aprazimento, nas doces águas algarvias. Há dias, afirmou que os contribuintes não serão onerados com as aldrabices dos outros. Mas já foi criado um chamado Fundo de Resolução, com dinheiro procedente, de viés, do nosso próprio dinheiro, embuçado na prestação de um grupo de bancos. Quanto ao extraordinário Dr. Cavaco, o reconhecimento generalizado da sua inutilidade como medianeiro de conflitos, e conivente com o que de mais detestável existe na sociedade portuguesa, converteu-se num lugar-comum.
Foi o "sistema" que criou esta ordem de valores espúrios. Este poder dissolvente fez nascer, por todo o lado, a ideia do facilitismo, oposta às regras da convivência que estruturaram os princípios da nossa civilização, dando-lhe um sentido humano. Tudo é permitido, e esta noção brutal, inculcada por "ideólogos" estipendiados ou fanatizados concebeu as suas próprias regras. A impunidade nasce do "sistema", e Salgado é o resultado, não a causa, o resultado de um aproveitamento imoral estimulado pelas fórmulas dessa ordem de valores. Surpreendemo-nos com o comportamento de quem assim foi educado, porém temos de estudar e de analisar aquilo que os explica.
O "sistema", em cuja origem está a raiz do mal, não carece de "regulação", exactamente porque a "regulação" nada resolve e apenas prolonga a crise sobre a crise. O capitalismo sabe e consegue simular a sua própria regeneração. Mas é uma hidra que se apoia em referências na aparência inexpugnáveis, realmente falaciosas. Enfim: o nosso dinheiro está à guarda de ladrões.

*Crónica publicada, hoje, no Diário de Notícias.




sábado, 2 de agosto de 2014

Agora, que o caso BES/GES eclodiu, recupero o excelente documentário exibido pela TVE que aborda a visão de dois grandes humanistas contemporâneos, Eduardo Galeano e Jean Ziegler, sobre o mundo atual: A Ordem Criminosa do Mundo. Galeano e Ziegler  dizem-nos quem são os criminosos que destroem a vida de milhões e milhões de pessoas e as condenam à fome e à morte.

"O cinismo assassino que a cada dia enriquece uma pequena oligarquia mundial em detrimento da miséria de cada vez mais pessoas pelo mundo. O poder concentra-se cada vez mais nas mãos de poucos, os direitos das pessoas são cada vez mais restritos. As corporações controlam os governos de quase todo o planeta, dispondo também de instituições como FMI, OMC e Banco Mundial para defender seus interesses. Hoje 500 empresas detém mais de 50% do PIB Mundial, muitas delas pertencentes a um mesmo grupo. (Docverdade)
"Os verdadeiros donos do mundo, hoje em dia, em primeiro lugar são invisíveis, não estão submetidos a nenhum controle social, sindical, parlamentário. São homens na sombra que procuram o governo do mundo. Detrás dos Estados, detrás das organizações internancionais há um governo oligárquico de muito poucas pessoas, mas que conta com uma potência, uma influência, um controle social sobre a humanidade como Papa algum, imperador ou rei algum, tiveram na história da humanidade." (Jean Ziegler)
"Mas quem é esse assassino em série que mata tudo em que toca? Haverá que metê-lo na cadeia, acho. Mas não se pode meter na cadeia este assassino em série, porque ele tem as chaves de todas as cadeias, por que é um sistema universal de poder que transformou o mundo num manicômio e num matadouro." (Eduardo Galeano)


Excelente! Documentário exibido pela TVE espanhola, que aborda a visão de dois grandes humanistas contemporâneos sobre o mundo atual: Eduardo Galeano e Jean ...
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