quarta-feira, 25 de julho de 2012

Relvas é o seu próprio insulto. E uma vergonha nacional.

«Faz agora um ano, o senhor ministro Relvas mandou um dos seus tutelados desempregar-me. Entre comer-e-calar ou ir à vida, fui estudar. O ano lectivo acabou há pouco. Vou poupar o senhor ministro Relvas à lista das minhas notas, para ele não tomar isso como um insulto. Não estou aliás aqui hoje, nenhum de nós está, para o insultar. Nem é bom nem é preciso. Miguel Relvas é o seu próprio insulto. Citando um seu colega de partido, mentiu nas três modalidades possíveis: mentira pura, omissão relevante, sugestão no erro. Não teve sequer altivez na intrujice. O que fez e como fez é rasteiro, é daninho, é imperdoável.
Quando um gato se faz passar por lebre, é triste. Quando o gato chega a ministro, é grave. Quando o gato se obstina no cargo, é intolerável. Senhor primeiro-ministro, Dr. Passos Coelho, viemos hoje aqui dizer, com o mesmo civismo de há uma semana: aqui há gato! O senhor Relvas não é só o seu ministro da Presidência. É, antes de mais, nosso ministro da República. Mantê-lo em funções é uma vergonha nacional. Nem tudo o que é «legal» é moral.
Julgo que é importante também recordar a essência desta manifestação: muitas coisas são negociáveis em democracia; não, nunca, a dignidade mínima no exercício de funções públicas.”

Pedro Rosa Mendes
Escritor e estudante

Nota: surripiado ao 5DIAS.

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