quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Os malhadinhas.


Soares Novais

O ministro Relvas é o Malhadinhas do século XXI.
É rústico, grosseiro, manhoso.
Não tem escrúpulos.
Prova-o o seu percurso de vida e as trapalhadas que tem protagonizado.
É um almocreve insolente.
Agora, a propósito da nomeação imoral de Franquelim Alves, que na sua juventude foi companheiro de Durão Barroso no MRPP, o ministro Relvas atirou:
“Tudo não passa de uma cabala”.
Disse-o com os olhos a brilhar, como se estivesse a sair da piscina do Copacabana Palace e tendo como companhia o seu exemplar amigo Dias Loureiro com quem passou férias natalícias.
O Malhadinhas, criado por Mestre Aquilino, apesar de rústico, grosseiro e manhoso, tinha, contudo, preceitos sagrados de honra e de palavra.
Preceitos sagrados que o ministro Relvas não tem.
Nem ele, nem o ministro Álvaro.
Álvaro que, perante os deputados, não teve rebuço em atribuir a Franquelim Alves a paternidade de uma carta que ele não subscreveu.
Uma carta onde, segundo o ministro Álvaro, o agora secretário de Estado alertava para as maldades protagonizadas pela quadrilha que liderava o BPN e que tantos  males nos causa.
Estamos, pois, e por enquanto, entregues a estes malhadinhas.
Malhadinhas que, infelizmente para nós, não são fruto do génio literário de Aquilino Ribeiro.

 Crónica publicada no dia 13 de Fevereiro no

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