terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A patroa de Loures

A propósito da abertura do novo hospital de Loures, que resulta de mais uma Parceria Público-Privada, o Diário Económico, deu voz à patroa do Grupo Espírito Santo para a área da Saúde.
E a patroa não foi de modas. De uma assentada acusou médicos e enfermeiros de não trabalharem. Assim: "Não tenho que subsidiar médicos, enfermeiros, auxiliares, que não querem trabalhar, e que não contribuem para o sucesso das organizações. Não tenho que conviver com funcionários que não produzem aquilo que deviam produzir, com a qualidade que deviam prestar".
Mas a empregada de Ricardo Espírito Santo Salgado, que é assim a modos como que a "Olívia patroa" e a "Olívia empregada" da inesquecível Ivone Silva, até se dá ao luxo de proferir sentença categórica sobre o estado do país. Atente-se:
"É por essa mentalidade, do medo do lucro, quando o lucro é o que faz a sociedade andar, que continuamos um país atrasado".
Usando sempre a "primeira pessoa" para botar faladura, a decidida e definitiva nova patroa do novo Hospital de Loures assume o seu papel de voz do dono e bem pode acontecer que um dia venha a substituir o actual gestor da Saúde, que assim poderá regressar tranquilamente à "zona de conforto" de onde saiu  para cumprir tal missão.
O futuro o dirá.

Soares Novais

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