1 - A ministra Cristas esteve na Régua, no último sábado, mas não deu cavaco aos dirigentes da Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (AVIDOURO), que outro remédio não tiveram do que lavrar o seu protesto na rua.
Cristas trocou a conversa, solicitada, por uma ida a uma quinta onde, pasme-se!, pegou num balde e numa tesoura e foi vindimar para o meio dos trabalhadores*. Para jornalista testemunhar e o país ver. Já se vê!
A ministra apresentou-se com fatiota a preceito: cabelo apanhado, camisa cintada e calças de ganga de marca. Já se sabe: o Dr. Portas é um bom mestre e a Drª Assunção é uma boa aluna!
Como quase sempre acontece quando há visita ministerial, seja a uma repartição de finanças, a uma fábrica ou a uma quinta, os trabalhadores são convidados a participar na festança. Foi o que ali aconteceu: mimaram a senhora ministra com sorrisos grátis e até a brindaram com uma cantiga de trabalho.
Estava, pois, tudo a correr no melhor dos mundos. Não fora o facto de uma vindimadora, ter-se acercado da ministra, com o pão numa mão e a malga da sopa na outra mão, e logo ali mostrar-lhe o seu retrato. A preto-e-branco: apesar dos seus 67 anos e de estar reformada tem de trabalhar para ajudar os filhos.
Cristas trocou a conversa, solicitada, por uma ida a uma quinta onde, pasme-se!, pegou num balde e numa tesoura e foi vindimar para o meio dos trabalhadores*. Para jornalista testemunhar e o país ver. Já se vê!
A ministra apresentou-se com fatiota a preceito: cabelo apanhado, camisa cintada e calças de ganga de marca. Já se sabe: o Dr. Portas é um bom mestre e a Drª Assunção é uma boa aluna!
Como quase sempre acontece quando há visita ministerial, seja a uma repartição de finanças, a uma fábrica ou a uma quinta, os trabalhadores são convidados a participar na festança. Foi o que ali aconteceu: mimaram a senhora ministra com sorrisos grátis e até a brindaram com uma cantiga de trabalho.
Estava, pois, tudo a correr no melhor dos mundos. Não fora o facto de uma vindimadora, ter-se acercado da ministra, com o pão numa mão e a malga da sopa na outra mão, e logo ali mostrar-lhe o seu retrato. A preto-e-branco: apesar dos seus 67 anos e de estar reformada tem de trabalhar para ajudar os filhos.
2 - A ministra Cristas é a mais simpática, a mais jovem e a mais giraça de todas as senhoras ministras do elenco de Passos e Portas. É certo. Mas os problemas que afectam a agricultura e os agricultores resolvem-se ouvindo as suas ideias e propostas. E é isso que esta ministra não faz.
Que o digam os produtores de leite do Minho, por exemplo. Esmagados pelos custos elevados das rações, da alimentação de base e da silagem de milho, pelo custo do gasóleo, por impostos sociais e impostos fiscais cada vez mais elevados e por altíssimos juros bancários, os produtores são obrigados a vender cada litro de leite por míseros 26 cêntimos.
Uma situação dramática que os empurra para a falência e a miséria; os leva a ocupar as ruas e praças em protesto; e a manifestaram toda a sua angústia e revolta em escritos como este:
“Como é possível meus caros senhores, o produtor de leite sobreviver nos dias de hoje? Com todos estes custos com que nos defrontamos todos os dias, estamos obrigados à escravatura. Mas infelizmente há dias atrás um senhor, que acompanhava sua Excelência a Ministra Assunção Cristas, disse que agricultura estava no bom caminho em Portugal. É triste! Infelizmente só demonstra desconhecer a realidade da agricultura portuguesa.” (Manuel de Sousa Novais**, de Grimancelos, no seu blogue Arte de Pensar).
Que o digam os produtores de leite do Minho, por exemplo. Esmagados pelos custos elevados das rações, da alimentação de base e da silagem de milho, pelo custo do gasóleo, por impostos sociais e impostos fiscais cada vez mais elevados e por altíssimos juros bancários, os produtores são obrigados a vender cada litro de leite por míseros 26 cêntimos.
Uma situação dramática que os empurra para a falência e a miséria; os leva a ocupar as ruas e praças em protesto; e a manifestaram toda a sua angústia e revolta em escritos como este:
“Como é possível meus caros senhores, o produtor de leite sobreviver nos dias de hoje? Com todos estes custos com que nos defrontamos todos os dias, estamos obrigados à escravatura. Mas infelizmente há dias atrás um senhor, que acompanhava sua Excelência a Ministra Assunção Cristas, disse que agricultura estava no bom caminho em Portugal. É triste! Infelizmente só demonstra desconhecer a realidade da agricultura portuguesa.” (Manuel de Sousa Novais**, de Grimancelos, no seu blogue Arte de Pensar).
*É fácil ser popular. Ser do Povo é que é difícil;
**Apesar do apelido Novais, o cronista não tem nenhum laço familiar com o produtor.
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