JOSÉ CARLOS ARY DOS SANTOS deixou-nos há 28 anos mas temos a obrigação de o manter vivo. De manter vivo o Poeta cujas palavras sempre estiveram (e estão!) ao serviço do Povo.
Do Povo de Abril.
Caso contrário, como diz César Príncipe num pequeno livro que editei em 2004, "corremos sério risco de extinção (cívica e cultural) se não nos exercitarmos com a sua voz, com as vozes de todos os mortos e de todos os vivos que justificam a espécie humana. E o compromisso com a Vida implica tomar partido pela fraternidade e pela emancipação, pelas multidões de punho firme e esclarecido. E neste tempo de retrocesso de conquistas democráticas nacionais e de rompimento de equilíbrios internacionais - ler, cantar e declamar Ary impõe-se como uma dívida para com um valoroso soldado da Língua Portuguesa.".
A ausência de ARY faz-nos falta. Muita falta.
Mas temos as suas palavras - as palavras que generosamente nos legou - para enfrentar os anos de chumbo que estes inferiores culturais querem impor-nos.
ARY caminhará a nosso lado quando no dia 11 de Fevereiro, em Lisboa, dissermos, de punho firme e esclarecido, que ninguém fechará as portas que Abril abriu.
Soares Novais
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
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