A universidade de Macau

As sucessivas declarações do doutor Catroga espelham a qualidade daqueles que mandam no país.
Sejam eles governantes ou ex-governantes; gestores privados ou gestores públicos; chefinhos-de-meia-tijela.
Basta estar minimamente atento para se perceber que para eles a vida apenas se resume a  uma máquina de calcular, que utilizam em proveito próprio e como berbequim para esventrar quem está sujeito às suas ordens.
De resto é aquilo que se sabe: um imenso deserto de conhecimento e uma ausência total das leituras que dão lastro aos homens verdadeiramente sábios.
É por isso que o comportamento e as declaraçãos deste e de todos os outros Catrogas deste país são o que são: boçais e  imbecis.
Todavia, as declarações do doutor Catroga ao Expresso contribuem para um esclarecimento fundamental: a ligação a Macau foi decisiva para a sua escolha para cargo tão generosamente pago.
Já se sabia que  Macau foi assim como que uma espécie de universidade  ou  Centro Novas Oportunidades para algumas das figurinhas e figurões do país.
Mas agora o doutor Catroga, com a elegância que se lhe conhece, desfez todas  as dúvidas.
Estar ligado ao clã de Macau é meio caminho andado para chegar ao cume da montanha.
O doutor Jorge Coelho e a doutora Judite da TVI são disso claro e visível exemplo.

Soares Novais