1 – “Número de inscritos nos centros de emprego sobe 23,4% em Setembro”;
“Mais 10 mil licenciados no desemprego num mês”;
“Número de professores do secundário e superior desempregados aumenta 70% em Setembro”;
“Subsídio de desemprego com corte de 6%”;
“Pensões acima de 1350 € cortadas entre 3,5% e 10%”;
“Carros pagam mais imposto de circulação”;
“Sobretaxa de 4% no IRS começa a ser paga em Janeiro”.
Estes são alguns dos títulos dos jornais das últimas horas.
Títulos que foram sendo fabricados à medida que o dueto Passos & Portas resolveu mostrar à opinião pública parte da arma de destruição maciça que é o seu orçamento para 2013.
Uma arma de destruição maciça que as próximas horas vão confirmar para desespero de milhares de famílias portuguesas.
Sobretudo da chamada classe média que há muito é acossada por impostos - chamem-se eles IRS, IVA, taxas moderadoras ou outra coisa qualquer.
Sobretudo da chamada classe média que há muito é acossada por impostos - chamem-se eles IRS, IVA, taxas moderadoras ou outra coisa qualquer.
Bagão Félix, militante centrista e antigo ministro, foi certeiro na sua critica:
“Trata-se de um napalm fiscal”.
Por seu turno, Luís Marques Mendes, ex-deputado. ex-ministro e ex-presidente do partido que agora tem como líder Passos, clamou:
“É um assalto à mão armada”.
Portas, convenientemente, está calado como um rato.
Mas Passos, quiçá menos inteligente e lúcido, subiu à tribuna da Assembleia da República para dizer aos críticos que usar expressões como “roubo”, por exemplo, é uma forma de “instigar à violência”.
Assim, duma penada, Passos mete no mesmo “saco” democrata-cristões, social-democratas, comunistas e todos aqueles que, mesmo não tendo partido, descem às ruas para clamar contra o roubo que se avizinha. Era assim que acontecia no tempo da Outra Senhora, lembra-se caríssimo leitor?
2 – “Mas o que temos de fazer exige no momento atual custos e sacrifícios que também não podemos minimizar. O esforço que o Orçamento do Estado para 2013 implicará para todos os portugueses, principalmente para os que têm mais meios para lhe corresponder e para o próprio Estado, é a nossa resposta para salvaguardar a presença europeia, as instituições do Estado social e as condições de recuperação da economia nacional. As opções são extremamente limitadas e os nossos graus de liberdade são reduzidos. Nessa medida, explorámos todas as combinações e alternativas, procurando as que, cumprindo as nossas metas, fossem também menos pesadas no presente e mais eficientes no futuro. Ninguém nos pode acusar de não ter ponderado nem tentado as diferentes possibilidades. Era esse o nosso dever para com os portugueses e era essa a nossa obrigação diante dos sacrifícios e da determinação de que todos os dias dão provas."
2 – “Mas o que temos de fazer exige no momento atual custos e sacrifícios que também não podemos minimizar. O esforço que o Orçamento do Estado para 2013 implicará para todos os portugueses, principalmente para os que têm mais meios para lhe corresponder e para o próprio Estado, é a nossa resposta para salvaguardar a presença europeia, as instituições do Estado social e as condições de recuperação da economia nacional. As opções são extremamente limitadas e os nossos graus de liberdade são reduzidos. Nessa medida, explorámos todas as combinações e alternativas, procurando as que, cumprindo as nossas metas, fossem também menos pesadas no presente e mais eficientes no futuro. Ninguém nos pode acusar de não ter ponderado nem tentado as diferentes possibilidades. Era esse o nosso dever para com os portugueses e era essa a nossa obrigação diante dos sacrifícios e da determinação de que todos os dias dão provas."
Este foi o trecho do discurso que o primeiro do dueto omitiu na sua última prestação na Assembleia da República.
Trata-se de um texto literariamente pobre.
Um texto que bem poderia ser produzido e assinado por um qualquer TOC, cuja visão da vida e do mundo se quede por uma folha de Excel.
Trata-se de um texto literariamente pobre.
Um texto que bem poderia ser produzido e assinado por um qualquer TOC, cuja visão da vida e do mundo se quede por uma folha de Excel.
Definitivamente, esta “raça de homem” que “paga as dívidas”, mesmo que não sejam da sua responsabilidade, não passa de um aluno reverente, que nasceu para cumprir ordens.
Para cumprir ordens e zelar pelos interesses dos ricos e poderosos, que lhe garantem o seu futuro e o dos seus.
3 - José da Cruz Policarpo disse, em Fátima, que a democracia na rua corrompe a "harmonia democrática". Já sabíamos que o cardeal de Lisboa não lê os mesmos evangelhos que Januário Torgal Ferreira ou Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, por exemplo.
Mas uma coisa é certa: as suas declarações esclarecem-nos quanto ao lado que ele escolheu. Definitivamente.
A minha dúvida é saber se Jesus Cristo, que as escrituras sagradas nos dizem ter preferido os miseráveis aos poderosos vendilhões do templo, será suficientemente magnânimo para lhe perdoar tal escolha.
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